domingo, 17 de julho de 2016

A velha Terra, um novo mundo e mais alguns.


Ano de 3400. A Terra chegou ao limite de sustentabilidade planetária. As áreas não exploradas são o mínimo do mínimo para que o planeta não entre em colapso. O contato com as raças nativas de outros planetas não ocorreu abertamente, apenas pequenas trocas de informações e acordos de não agressão.
A única opção para a continuação da sobrevivência foi a expansão espacial. No início a colonização foi feita em planetas próximos, vênus e marte, mas rapidamente quase todo o sistema solar estava sendo colonizado por diversas empresas. A descoberta de um novo combustível mineral, um cristal instável chamado Suministro.  É um mineral cristalino e altamente radioativo, porém pode ser usado como uma fonte incrível de energia. Sua origem é desconhecida, mas suas minas são situadas em planetas externos dos sistemas solares e que recebem impactos de grandes meteoros.
A sociedade humana prosperou muito desde o início da expansão espacial. O planeta passa por um momento de profunda instabilidade climática, com o planeta sendo varrido por ventos de mais de 200km/h. Quase todas as cidades estão construídas sobre imensas hastes metálicas e são sustentadas por dispositivos magnéticos de flutuação. A zona habitável do planeta começa a ocorrer aproximadamente a 250m do nível do mar. Nessa altitude a radiação da parte mais baixa não é mais sentida em sua totalidade e os ventos são normais. A atmosfera planetária sofreu uma expansão passando de aproximadamente 120km para aproximadamente 250 km. Ainda existe vida selvagem no planeta e a geografia do presente pouco faz sentido. A fauna e flora evoluíram e se adaptaram para sobreviver a um mundo que passou por dois holocaustos nucleares seguidos. Todo o contato das cidades das nuvens com a superfície planetária é feito por meio de drones das mais diversas formas.
Não há mais extração mineral na Terra, todos os minerais são provenientes de minas estelares. O petróleo se extinguiu faz muito tempo. Os países existentes ainda atendem por seus antigos nomes, e detém territórios na superfície com suas extensões atuais, mas a real proporção e os conteúdos dessas áreas ainda não foram definidos com certeza. O processo de estabilização planetária e de terraformação ainda não se encerrou. As maiores altitudes litosféricas são dos picos do Everst e da Cordilheira dos Andes. Estão estudando a possibilidade de construção de postos avançados nesses locais.
A política atual é controlada por super corporações, que dominam as áreas de conhecimento e atividades econômicas. As forças militares são empregadas dessas corporações e apenas defendem os interesses de seus empregadores. Os acordos feitos entre elas estão mantendo a sociedade estável. O conselho planetário não tem poder militar suficiente para combater as corporações. Então ele apenas dialoga e mantém tratados e concessões diversas. Algumas forças dissidentes formam bases na orla exterior no território estelar humano, mas pouco perigo representam.

O único grande mistério do momento é a perda de contato com colônias avançadas no setor estelar de Vega. Os registros de segurança foram severamente comprometidos por interferência eletromagnética, mas os gritos captados no circuito de áudio são do mais puro pavor. Pressionados pelo Conselho Planetário e pelas rivais, as Corporações mandatárias do setor precisam se posicionar sobre o acontecido.
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Este conto é uma introdução ao cenário de RPG Ponto de Fuga, Fronteiras Cósmicas, que estou desenvolvendo no momento.

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